Crónica por Ana Marques
em 02/07/2007 11:28:12 no site http://www.escritacriativa.com
“Se é adúltero mas não tem muito tempo nem paciência ou imaginação para se ausentar de casa sem levantar suspeitas leve em consideração o seguinte: Evite as mulheres normais. Mesmo que tenha sorte em encontrar uma disponível que tenha as hormonas no sítio afaste-se dela. As mulheres normais não se contentam com sexo apenas. Muito menos com rapidinhas de quinze minutos de dois em dois meses.
A apoiar esta teoria atente-se naquela popular canção da Mónica Sintra, que até já tem versão em inglês, sobre o papel da “outra” Repare-se no último verso do refrão: “afinal eu era só o amor das horas vagas”. Temos a palavra HORAS e a palavra AMOR. Portanto, resumindo, se não se dispões das tais horitas semanais e de um pouco se sentimento para dispensar à rapariga, esqueça a “ Mónica” e vá ás profissionais. É rápido, barato e alivia.
Vamos elevar os argumentos. Existe um filme de um realizador chamado Wang Kar-Wai que tem como título em português “Disponível para amar”. Podia referir vários igualmente fascinantes do mesmo cineasta de Hong-Kong como por exemplo o 2046. Mas este é o que interessa agora analisar. Suspeito que algo ficou” lost in translation” pois na minha opinião deveria ter sido traduzido como “ Indisponível para amar” Em mandarim, o título original é: DUT YEUNG NIN WA. ( Se alguém entender mandarim pode por favor ajudar-me a clarificar este ponto?)
A história é a seguinte: dois vizinhos cujos respectivos cônjuges lhes são infiéis, vivem muitas horas na companhia um do outro. Com o tempo acabam por perceber que são almas gémeas. Mas não querem trilhar o mesmo caminho que os esposos adúlteros. Por isso ao longo de todo o filme amam-se mas nunca se tocam. É belíssimo!
Pois aquilo, que na tela é romântico, na vida real seria apenas tortura...chinesa.
Moral da história: ou sim ou sopas. Nem sempre o meio caminho é virtuoso. Ficar no meio-termo, no esfrega-esfrega, nos amassos e beijinhos não alivia a consciência. Apenas atormenta a alma e o corpo. Se não há coragem para ir em frente deve cortar-se o mal pela raiz: DESISTIR.
Nota: antes que se inicie alguma desnecessária polémica queria realçar que este texto não incita ao adultério. Ele é dirigido aos homens que já o praticam ou praticaram. Obviamente que se trata de uma minoria mas em democracia estas devem ser tomadas em conta. Por isso também já estou a preparar o próximo tema que será sobre o Lince Ibérico, que como certo sabem, é outro animal em vias de extinção.”
4 comentários:
Perambulei por aqui e, devo dizer, é muita tareia numa só criatura. E depois, isso de dizer: «Quero um homem muito brasa…mas inteligente, será possível?». Era de bom tom atender à reciprocidade. Além daquela sobre: «Seguro contra Todos-os-homens». Assim, não! A coerência assenta sempre bem.
Concordo com: «A importância da roupa interior». E marcam-se pontos ao falar dos “Divine Comedy”.
(Agora, a inevitável boca brejeira): pressinto BOA onda por esses lados!
Porquê esse maldade para «con nosotros»? E que dizer do sapato no umbigo? Ui! Muito má mesmo. Sou todo ouvidos. Oops! Sou todo olhos ;)
Só pela boa disposição e o facto de finalmente algum aborígene masculino ter percebido que acima de tudo me divirto à brava a escrever o blog mereces esta minha resposta! Já agora alguma sugestão de temática a abordar?
Agradecido por ser digno da tua resposta. Em boa verdade, escrever, requer algum esforço e não deixa de ser um sinal de boa educação.
Cogitava eu sobre uma temática e, vai lá ver, encontro mais duas «postas» com o mesmo teor e destinatário. Assim, a minha proposta é óbvia: como conseguir falar bem de um homem que não inclua o Brad Pitt?
Ainda não me foi possivel colocar um post sobre tal tema....pois infelizmente até hoje não me ocorre falar bem de qq outro sem ser o Brad, mas quiçá algum dia pondere algum post especial sobre o benicio del toro ou quiçá mesmo o Rodrigo Santoro...veremos. :-))
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