9 de março de 2007

E já o cantor dizia...”já não há canções de amor”

De facto o romantismo deste pais, desta nova geração, destes homens [e destas mulheres] está pela hora da morte. O que não é de todo mau, porque também não sou propriamente fã de mariquices, mas também não é preciso serem tão brutos santo deus!

Eu ainda sou do tempo em que os casais tinham sempre “uma música” que era aquela que sabiam que ao ouvir, era como se fosse sua, definia a forma como se sentiam, e demonstrava a ambos que tinham uma ligação e que até era bonita, mesmo que fosse a música de mais milhares de pessoas pelo mundo fora, era como se fosse só sua.

Havia músicas que eram ex-libris destas manifestações amorosas: “This one goes out to the one I love” dos REM, “Amor I Love you” da Marisa Monte, o “Linger” dos Cranberries, o “Black” dos Pearl Jam, ou o “november rain” dos Gun’s and Roses (e vou abserter-me de comentar o grau de foleirada de algumas das melodias aqui mencionadas).

Todas elas têm duas coisas em comum: falam de amor, mas são amargas, mesmo tristes, o que só demonstra uma coisa, que de facto o amor é bonito, tocante mas muito amargo.

Pois estas musicas tinham dois propósitos: deixar-nos com aquelas borboletas no estômago enquanto ao som delas tínhamos um sorriso estúpido no canto dos lábios enquanto nos recordávamos daquela pessoa e eram as musicas que ouvíamos quando queríamos libertar a tristeza, e a mágoa que essa pessoa nos tinha causado e chorávamos ao som das mesmas músicas que nos faziam sorrir, estranho não?

Hoje em dia, já não há canções de amor, não há poemas em comum, não há ligação. No máximo partilha-se a bebida, gostam-se dos mesmos filmes, mas pouco mais que isso.

Mas como me defino como uma pessoa contra corrente, e acredito que ainda é possível encontrar pessoas que não estão vazias por dentro, aqui vos deixo um teste, duas músicas e dois poemas, ouçam e leiam e vejam se vos lembra alguém e se vos deixa um sorriso estúpido no canto dos lábios e caso vos façam ficar tristes, tenham certeza de uma coisa, é porque essa pessoa não valia a pena!
Boa Sorte! Sejam Felizes!!!

MUSICA 1.




MUSICA 2.




POEMA 1.

É assim que te quero, amor,assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes e como arranjas os cabelos
e como a tua boca sorri,ágil como a água da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,mas antes que não me faltem cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde vem nem para onde vai,apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz e sombra és.
Chegastes à minha vida com o que trazias,
feita de luz e pão e sombra, eu te esperava,e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,e os que amanhã quiserem ouvir o que não lhes direi,
que o leiam aqui e retrocedam hoje porque é cedo para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas uma folha da árvore do nosso amor,
uma folha que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nossos lábios,
como um beijo caído das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternurade um amor verdadeiro.

Pablo Neruda

POEMA 2.

Não posso adiar o amor para outro século
não posso ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite
e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas.
Não posso adiar este braço que é uma arma de dois gumes amor e ódio.
Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação.
Não posso adiar o coração.

António Ramos Rosa

7 de março de 2007

Pode ser que o passado nos ajude a perceber o presente

Quem não teve os seus ídolos na adolescência? As suas paixonetas por aquele cantor, actor, ou até mesmo o professor de educação física, aquele do 8º ano que era um “ganda pedaço de mau caminho”, ou o de Oficinas de Arte de 12º que era mesmo o nosso tipo de homem, barba por fazer, uma inteligência excepcional. Enfim tudo o que infelizmente não encontramos agora.
Provavelmente esse é um dos problemas, é que nós mulheres pomos a fasquia muito alta e queremos encontrar aquele homem com que sonhamos num tipo aqui mesmo na nossa cidade. Mas de facto é impossível.
Tal como tantas miúdas da minha idade, aos meus 16 anos tinha as paredes pejadas de posters e todo o tipo de parafernália desses “gajos” que na altura me diziam tanto, pelos quais chegava a suspirar pelos cantos. Já hoje em dia para suspirar o esforço tem que ser muito grande!
O vocalista dos Lemonheads era um deles, o homem perfeito, Evan Dando, olhos azuis, cabelos loiros compridos, coisa que hoje em dia não me diz rigorosamente nada, o tipo de homem isto é, porque o Evan continua ser lindíssimo.
Mas o meu maior desgosto foi naquele ano de 1994, quando morreu “o gajo dos gajos”, o Kurt como nós miúdas lhe chamávamos. O Kurt Cobain. Era de facto um ídolo, um homem atractivo (não sei muito bem porquê, olhando agora para trás), e as suas musicas tinham claro tudo a ver connosco.
E depois havia o Mark Vanderloo, e os tugas, o Afonso Vilela (esse ainda hoje tem tudo muito bem no sitio, Graças a Deus e á Santa mãe dele), o Paulo Pires (idem) e depois os actores era o Johnny Depp, o Brad Pitt obviamente! mas o que permanece até hoje, o grande Benicio del Toro, que quanto mais velho, mais se assemelha ao vinho do porto.
Isto tudo para provar que o passado mostra que queremos sempre coisas que à partida sabemos que não podemos ter. E depois temos que nos aguentar à bomboca. Porque por muito bem que estejamos e por muito ginásio, Yoga, aulas de Dança do Ventre ou da Dança do Varão que façamos....há sempre a Angelina Jolie. Que ao pé de nós é quase nada mas enfim, há por aí muita miopia.

E aqui fica uma Galeria de Fotos para as mais esquecidas. E vivam as mães deles!!!









5 de março de 2007

Quais os limites da traição?


Não vale a pena negar, nenhum homem em todo o planeta terra e sistema solar tem um osso, um cabelo, um milímetro de pele de fidelidade. È algo mais forte que eles próprios. Nada os para, ser Filhos da Puta é mais forte que a sua própria masculinidade e na maioria das vezes as traições (e sim no plural, um raio que os parta a TODOS!!!) são com gajas bem mais horríveis que aquelas com que estão e COM TODA A CERTEZA muito mais burras. E isso se não for com um gajo...fim da linha mesmo!

Sim porque os homens têm medo de mulheres inteligentes, independentes, seguras de si próprias, preferem a tontinha com ar de bar de alterne com nomes de telenovela de segunda categoria como Mariza, Milena, Guidinha, Marlene...enfim mais piroso impossível.

E depois existem as novas tecnologias...a traição já não é no carro, no Hotel, os fins-de-semana fora...é o Meetic, as conversa no MSN, os comentários porcos no Hi5. Mas onde raios queremos nós chegar??? Já não é possível contentar-nos com as coisas simples? Puras e sinceras? Tudo tem que ter o seu quê de promiscuidade?

Os arabes é que têm razão, os castigos deveriam ser "olho por olho e dente por dente", eu sei bem o que lhes fazia, a esses senhores que desejam sempre mais qualquer "coisita"...pendurava-os pelos respectivos num espeto do talho a apanhar ar fresquinho! Para ver se lhe passava a vontade de vez!


Só vejo gente á minha volta a ficar magoado, triste, simplesmente por falta de respeito, por estupidez masculina, por quererem sempre mais que aquilo que têm, ou apenas outra coisa difente. Mas porquê? Que mente retardada a masculina que não sabe apreciar a sinceridade? São uns todos autistas! Sem ofensa aos próprios.


HOMENS PAREM E PENSEM! façam esse favor á humanidade...



Porque infelizmente só dão valor aquilo que têm quando o perdem. Triste não é?

4 de março de 2007

Há homens que são como uma droga

Na nossa vida, existem episódios mais e menos felizes, sentimentos mais e menos intensos, e existem os Homem Droga. Aqueles homens que batem forte, viciam e deixam marcas que nunca desaparecem.

Ao ouvir a musica da Pink “Just Like a Pill” e em conversa com várias amigas, percebo que eles existem mesmo, e tal como uma Barbie toda as mulheres tiveram um mais tarde o mais cedo na vida.

São homens que tal como uma droga dura: dão um prazer imenso, viciam, deixam-nos atordoa-as, no final queremos sempre mais e as ressacas são brutais. As relações são tão intensas que a sua ausência chega a dilacerar-nos o peito, o prazer com eles é tão intenso que chega a enjoar-nos. Pena que não existam clinicas especializadas em desintoxicações de Homem Droga.

Pois algumas de nós recuperam e conseguem esquecer o vício, até mesmo sem sequelas, mas outras não, nunca mais a vida é a mesma depois de ter estado com um desses seres.


PINK - JUST LIKE A PILL