4 de julho de 2007

CONSELHOS AO HOMEM ADÚLTERO (texto enviado e sugerido por uma amiga. Obrigada por partilhar)


Crónica por Ana Marques
em 02/07/2007 11:28:12 no site http://www.escritacriativa.com/modules/news3/article.php?storyid=386


“Se é adúltero mas não tem muito tempo nem paciência ou imaginação para se ausentar de casa sem levantar suspeitas leve em consideração o seguinte: Evite as mulheres normais. Mesmo que tenha sorte em encontrar uma disponível que tenha as hormonas no sítio afaste-se dela. As mulheres normais não se contentam com sexo apenas. Muito menos com rapidinhas de quinze minutos de dois em dois meses.

A apoiar esta teoria atente-se naquela popular canção da Mónica Sintra, que até já tem versão em inglês, sobre o papel da “outra” Repare-se no último verso do refrão: “afinal eu era só o amor das horas vagas”. Temos a palavra HORAS e a palavra AMOR. Portanto, resumindo, se não se dispões das tais horitas semanais e de um pouco se sentimento para dispensar à rapariga, esqueça a “ Mónica” e vá ás profissionais. É rápido, barato e alivia.
Vamos elevar os argumentos. Existe um filme de um realizador chamado Wang Kar-Wai que tem como título em português “Disponível para amar”. Podia referir vários igualmente fascinantes do mesmo cineasta de Hong-Kong como por exemplo o 2046. Mas este é o que interessa agora analisar. Suspeito que algo ficou” lost in translation” pois na minha opinião deveria ter sido traduzido como “ Indisponível para amar” Em mandarim, o título original é: DUT YEUNG NIN WA. ( Se alguém entender mandarim pode por favor ajudar-me a clarificar este ponto?)

A história é a seguinte: dois vizinhos cujos respectivos cônjuges lhes são infiéis, vivem muitas horas na companhia um do outro. Com o tempo acabam por perceber que são almas gémeas. Mas não querem trilhar o mesmo caminho que os esposos adúlteros. Por isso ao longo de todo o filme amam-se mas nunca se tocam. É belíssimo!

Pois aquilo, que na tela é romântico, na vida real seria apenas tortura...chinesa.
Moral da história: ou sim ou sopas. Nem sempre o meio caminho é virtuoso. Ficar no meio-termo, no esfrega-esfrega, nos amassos e beijinhos não alivia a consciência. Apenas atormenta a alma e o corpo. Se não há coragem para ir em frente deve cortar-se o mal pela raiz: DESISTIR.

Nota: antes que se inicie alguma desnecessária polémica queria realçar que este texto não incita ao adultério. Ele é dirigido aos homens que já o praticam ou praticaram. Obviamente que se trata de uma minoria mas em democracia estas devem ser tomadas em conta. Por isso também já estou a preparar o próximo tema que será sobre o Lince Ibérico, que como certo sabem, é outro animal em vias de extinção.”