Os humanos preocupam-me. Ao reler o texto de Miguel Esteves Cardoso, apercebi-me de que cada vez mais as coisas não têm sentido, as pessoas vivem por viver, não existem razões, os sentimentos estão perdidos no limbo do egoísmo, as prioridades na vida deixaram de ser a felicidade, para ser coisas como um T3 num condomínio fechado.
Nada mais é autêntico. O fingimento já não é só do poeta, como dizia o grande Fernando Pessoa, mas de todos.
Vivemos num tempo de stress, de corrida, já nem conseguimos sentir o cheiro, o sabor das coisas, passamos pelas nossas vidas como se estivéssemos a assistir a um mau filme de série B. Que raio de existência!
Uma flor já não cheira como antes, a comida é uma coisa semi prensada, pronta a deglutir, os olhos já não apreciam a beleza como antes. Que raio se passa connosco? Que é daquela sensação de lágrimas não contidas pela felicidade, daquele sentir de borboletas no estômago quando vimos aquele alguém especial?
Já para não falar nisso, o que faz alguém especial? Antes, naqueles “outros tempos”, provavelmente era simplesmente o carinho, um olhar, o cheiro, a forma de falar, o respeito, os lindos olhos avelã, as mãos definidas, os beijos sentidos...hoje não. As pessoas têm medo de sentir, de amar, preferem um fast-food de sentimentos, prazer rápido e pouca conversa e nada de misturas na vida uns dos outros.
Será que um abraço, uma caricia, um olhar já não são mais autênticos? Não passam de esquemas engendrados por mentes à procura de objectivos friamente calculados? Isto preocupa-me verdadeiramente. Como vamos conseguir perceber a sinceridade em alguém, se os olhos e as mãos mentem?
Aceitam-se sugestões!
Nada mais é autêntico. O fingimento já não é só do poeta, como dizia o grande Fernando Pessoa, mas de todos.
Vivemos num tempo de stress, de corrida, já nem conseguimos sentir o cheiro, o sabor das coisas, passamos pelas nossas vidas como se estivéssemos a assistir a um mau filme de série B. Que raio de existência!
Uma flor já não cheira como antes, a comida é uma coisa semi prensada, pronta a deglutir, os olhos já não apreciam a beleza como antes. Que raio se passa connosco? Que é daquela sensação de lágrimas não contidas pela felicidade, daquele sentir de borboletas no estômago quando vimos aquele alguém especial?
Já para não falar nisso, o que faz alguém especial? Antes, naqueles “outros tempos”, provavelmente era simplesmente o carinho, um olhar, o cheiro, a forma de falar, o respeito, os lindos olhos avelã, as mãos definidas, os beijos sentidos...hoje não. As pessoas têm medo de sentir, de amar, preferem um fast-food de sentimentos, prazer rápido e pouca conversa e nada de misturas na vida uns dos outros.
Será que um abraço, uma caricia, um olhar já não são mais autênticos? Não passam de esquemas engendrados por mentes à procura de objectivos friamente calculados? Isto preocupa-me verdadeiramente. Como vamos conseguir perceber a sinceridade em alguém, se os olhos e as mãos mentem?
Aceitam-se sugestões!
1 comentário:
Cara Noir Lulu, ao contrário do que escreves, acho que cada vez mais o objectivo principal das pessoas é alcançar a felicidade... A questão é que essa felicidade é o T3 em condomínio fechado, o BMW na garagem, o tlm topo de gama, entre muitos outros materialismos. Ou seja, as pessoas deixaram de dar valor ao que realmente importa, e adoptaram de vez a futilidade e superficialismo como religião principal.
Isso transpõe-se também no campo das relações, que cada vez mais assentam em questões de "conveniência". Sente-se carinho por um alguém, até se gosta de ir com ela ao cinema, ou jantar, ou dar um passeio, e pronto... isso basta. E depois falta o Amar (com A maiúsculo, pois claro!!)...
Esse Amar não é apenas gostar de estar com a pessoa, é sentir a sua falta, é querer partilhar todas as coisas boas da vida com ela, é ter nela a sua melhor amiga quando algo não corre bem, é o prazer dos pequenos pormenores (o dar a mão, o abraçar, o beijar apenas porque sim, a ansiedade enquanto se espera pelo reencontro). Este tipo de sentimentos genuinamente sinceros não se conseguem "fabricar", por mais frio que alguém possa ser.
Resta a nós, aqueles que não se reveem no "amor fast-food" ter não apenas a sorte de encontrar quem também pense assim, como não deixar essa pessoa fugir.
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